segunda-feira, 17 de junho de 2013

Plano de Aula: Escala

Baiano vai receber medalha de Dilma após vencer concurso de matemática

Jovem conquistou prêmio ao participar de olimpíadas realizadas em 2012. Yure de Oliveira, de 18 anos, sempre estudou em escolas públicas na BA. 

 Um jovem de Simões Filho, de 18 anos, é um entre 11 baianos que conquistaram medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, que foi realizada no ano de 2012. Yure Carneiro de Oliveira se prepara para receber o prêmio das mãos da presidente Dilma Rousseff, no dia 19 de junho, em cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. No país, são 500 medalhistas de ouro. A competição estudantil organizada pela OBMEP atraiu cerca de 20 milhões de jovens, representando 46.728 (mais de 99%) das escolas brasileiras. O jovem baiano concorreu no nível três, que engloba os candidatos das três séries de Ensino Médio. Ele é aluno do quarto ano do curso técnico em eletromecânica, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). Com a recente conquista, agora são 20 as medalhas já obtidas pelo estudante, que acumula três menções honrosas em competições de física, matemática e astronomia, realizadas desde o ano de 2009, quando tinha 14 anos. Mesmo com os bons resultados, o garoto afirma que é uma “pessoa normal” e que só estuda em vésperas de provas. “Sempre tive facilidade com números. Estudo os conteúdos que vão caindo, geralmente, nas vésperas das olimpíadas. Não estudo todos os dias, nem reservo muitas horas. Quando paro para estudar, são umas duas horas”, relata. “Meu dia-a-dia é normal. Eu assisto a filmes, fico na internet”, descreve. O estudante, que mora com a mãe e com as irmãs, sempre estudou em escolas públicas. “Antes do IFBA, fiz primeiro ano no Colégio Municipal Roberto Silva e ensino fundamental no Colégio Estadual Padre Luiz Palmeira. Minha mãe me apoia em minhas tomadas de decisões”, diz. Yure conta que não tem método especial de estudo e confessa que algumas vezes é levado pela preguiça. “Desde sempre gostei da matemática. No Ensino Médio, conheci as outras disciplinas e me interessei. Sempre gostei dos estudos, mas poderia me dedicar mais. Não crio rotina e, às vezes, bate aquela preguiça e acabo adiando. Quando estudo, geralmente é pelos livros ou por vídeo-aulas”, comenta. O jovem pretende fazer faculdade para os cursos de Engenharia Física ou Matemática. A competição O evento é promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e Ministério da Educação (MEC). A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) teve início no ano de 2005 e está dividida em duas fases, que este ano ocorreram nos dias 4 de junho e 14 de setembro, explica Claudio Landim, diretor adjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e coordenador-geral da OBMEP. Na primeira etapa, as escolas públicas inscrevem os melhores alunos, em três níveis - sendo o 1 estudantes do 6° e 7° anos; o 2, entre o 8º e o 9º anos; e o nível 3, que corresponde aos anos do ensino médio. Esta prova inicial é corrigida pelos próprios professores dos alunos. "A segunda fase, com 5% dos alunos inscritos na primeira, é aplicada em nove mil centros por todo o Brasil", aponta Claudo Landim, acrescentando que cerca de 800 mil estudantes fazem essa segunda prova, que é corrigida por uma banca regional formada por mil professores. "Esses professores vão selecionar cerca de 15 mil provas, que são mandadas para o Rio [de Janeiro] e recorrigidas por uma banca nacional. Daí são distribuídas 4,5 mil medalhas, entre ouro, prata e bronze. Todos os medalhistas recebem uma bolsa do CNPQ, a Bolsa de Iniciação Cientifica Júnior, por um ano. Nesse período, eles recebem R$ 100 por mês e ainda assistem a um programa de iniciação criado pela OBMEP, um programa de 10 aulas em 170 centros do Brasil", detalha o coordenador. "Cada região tem um coordenador, que visita cada um dos medalhistas e resolve todos os problemas logísticos para que eles assistam às aulas nos centros", acrescenta. A cerimônia da quarta-feira (19), com participação da presidente Dilma, contará com os 500 medalhistas de ouro. "Esta é uma forma de manter o estudante em contato com outros. É importante pra esse aluno, porque vai entrar em contato também com professor universitário, isso tudo em uma perspectiva de ensinar matemática de uma forma instigante e desafiante", comentou.
Fonte: http://g1.globo.com/

MATEMÁTICA TAMBÉM É DIVERSÃO