Aliar narrativa
ao processo educativo é um meio bastante difundido desde as
tradicionais fábulas e os livros paradidáticos da atualidade.
Na metade do século XX,
Lobato escreve a Aritmética da Emília,
fazendo referência a O homem que
calculava de Malba Tahan. Dalcin (2002) ao se referir às obras de Lobato e
Malba Tahan afirma que “através de suas obras mostraram-nos que a matemática
pode ser ensinada por meio de nossa capacidade imaginativa e criativa de contar
histórias” (p.15).
Smole e Diniz
(2001), Smole et al (2004) estudam as conexões da literatura infantil e da
produção de textos nas aulas de Matemática. Outros autores como Bicudo e
Garnica (2001) e Teberosky e Tolchinky (1996), também mostram a importância do
trabalho integrado, bem como a aproximação da área da matemática e da língua
materna, porque a maioria das informações necessárias à vivência em sociedade,
bem como à construção de conhecimento, é encontrada na forma escrita. Segundo
Dalcin (2002:60),
Ao longo da vida, os homens ouvem, contam, lêem ou escrevem narrativas
com as mais variadas intenções. Fatos do cotidiano são narrados, sentimentos
são manifestados, crenças e conhecimentos são construídos por meio das mais
variadas histórias.
Nas aulas de
matemática a comunicação ocorre em diferentes modalidades: forma de texto –
linguagem materna ou linguagem matemática, tabelas, gráficos, obras de arte, imagem
– visual ou pictórica, figuras geométricas etc.
A produção de
textos nas aulas de matemática cumpre um papel importante para a aprendizagem
do aluno. A literatura é por excelência um espaço de síntese da experiência
humana, das emoções e, por isso, seu uso tem sido destacado em diversos estudos
como privilegiado para o trabalho interdisciplinar. O texto nas aulas de matemática
contribui para a formação de alunos leitores, possibilitando a autonomia de
pensamento e também o estabelecimento de relações e inferências, com as quais o
aluno pode fazer conjecturas, expor e contrapor pontos de vista. Como afirma
Smole et al (2004:2):
a história contribui para que os alunos aprendam e façam matemática,
(...) o que permite que habilidades matemáticas e de linguagem desenvolvam-se
juntas, enquanto os alunos leem, escrevem e conversam sobre as ideias
matemáticas que vão aparecendo ao longo da leitura. É neste contexto que a
conexão da matemática com a literatura infantil aparece.
PASSOS, Cármen L.B. -
UFSCar-DME
OLIVEIRA,
Rosa Maria M.A. de - UFSCar-DME
Parabéns Rita e os outros membros,ficou muito bom o blog. Bastante interativo.Abraços
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