quinta-feira, 6 de junho de 2013

NARRATIVA E MATEMÁTICA

 
                  Aliar narrativa ao processo educativo é um meio bastante difundido desde as tradicionais fábulas e os livros paradidáticos da atualidade. Na  metade do século XX, Lobato escreve a Aritmética da Emília, fazendo referência a O homem que calculava de Malba Tahan. Dalcin (2002) ao se referir às obras de Lobato e Malba Tahan afirma que “através de suas obras mostraram-nos que a matemática pode ser ensinada por meio de nossa capacidade imaginativa e criativa de contar histórias” (p.15).
                 Smole e Diniz (2001), Smole et al (2004) estudam as conexões da literatura infantil e da produção de textos nas aulas de Matemática. Outros autores como Bicudo e Garnica (2001) e Teberosky e Tolchinky (1996), também mostram a importância do trabalho integrado, bem como a aproximação da área da matemática e da língua materna, porque a maioria das informações necessárias à vivência em sociedade, bem como à construção de conhecimento, é encontrada na forma escrita. Segundo Dalcin (2002:60),

Ao longo da vida, os homens ouvem, contam, lêem ou escrevem narrativas com as mais variadas intenções. Fatos do cotidiano são narrados, sentimentos são manifestados, crenças e conhecimentos são construídos por meio das mais variadas histórias.

Nas aulas de matemática a comunicação ocorre em diferentes modalidades: forma de texto – linguagem materna ou linguagem matemática, tabelas, gráficos, obras de arte, imagem – visual ou pictórica, figuras geométricas etc.

A produção de textos nas aulas de matemática cumpre um papel importante para a aprendizagem do aluno. A literatura é por excelência um espaço de síntese da experiência humana, das emoções e, por isso, seu uso tem sido destacado em diversos estudos como privilegiado para o trabalho interdisciplinar. O texto nas aulas de matemática contribui para a formação de alunos leitores, possibilitando a autonomia de pensamento e também o estabelecimento de relações e inferências, com as quais o aluno pode fazer conjecturas, expor e contrapor pontos de vista. Como afirma Smole et al (2004:2):

a história contribui para que os alunos aprendam e façam matemática, (...) o que permite que habilidades matemáticas e de linguagem desenvolvam-se juntas, enquanto os alunos leem, escrevem e conversam sobre as ideias matemáticas que vão aparecendo ao longo da leitura. É neste contexto que a conexão da matemática com a literatura infantil aparece.
PASSOS, Cármen L.B. -  UFSCar-DME
OLIVEIRA, Rosa Maria M.A. de - UFSCar-DME

Um comentário:

  1. Parabéns Rita e os outros membros,ficou muito bom o blog. Bastante interativo.Abraços

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